sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ryan Hunter Reay Campeão na Indy. Um título essencial para a categoria.

Imagem mais do que americana! Um americano campeão por uma equipe de um americano, em um superspeedway

Depois de seis temporadas, a Indy volta a ter um campeão americano. Ryan Hunter Heay comquista de forma categorica o título da categoria americana que um dia chegou a sonhar a rivalizar com a Formula 1. Mas por tras de tudo isso, o título de um piloto americano, em uma categoria essencialmente americana, com um motor americano ( a Chevrolet voltou a categoria esse ano) num ano de novidades, de transição para a categoria, é muito animador, desde que a Indy não fique hibernando junto com a categoria,  afinal são sete meses (!!!!) sem competições.
A Indy esse ano além da já citada questão da Chevrolet, tinha tudo para ter um ano sensacional que infelizmente foi manchado ainda em 2011. A morte do grande Dan Wheldon (sempre fui fã do inglês) em Las Vegas largou uma enorme nuvem escura sobre a categoria, até porque o próprio Wheldon, para quem não lembra, era quem desenvolvia de forma mais direta o novo chassis Dallara que a categoria iria utilizar em 2012. Inclusive, de forma justa, o chassis foi nomeado DW12. Uma homenagem singela, mas marcante, afinal, sempre será lembrado o nome do Inglês na categoria. A categoria até se esforçou,mas ao meu ver ficou muito abaixo do esperado e terá de mudarr algumas coisas para 2013.
Detroit se desmanchando... a maior vergonha da Indy em 2012
Simon Pagenaud Abriu os trabalhos de vôo em Baltimore...
Foi colocada uma chicane ridícula e os problemas continuaram...

Uma situação desse ano que precisa ser revista é a situação dos circuitos de rua. Todos, em algum momento, apresentaram algum tipo de problema, principalmente no piso. Os casos de Detroit e Baltimore, foram no minimo vergonhosos. O de Detroit, por incrivel que pareça, acho que foi pior que o de Baltimore. Porque? Porque Detroit é uma velha conhecida da categoria, dos fãs, e ver a situação de retirarem aquelescompostos de borrachas com asfalto que cobriram os trilhos com as mãos foi revoltante, constrangedor. E como fica o staff da categoria, não revisaram a pista antes do começo das atividades? Sobre Baltimore, lembrem de San Jose, 2005, com o quebra Molas no S… E aí um erro crasso: Mexer num traçado com as atividades já iniciadas; e a cereja do bolo: Fizeram uma chicane horrorosa! O bom é que pelo menos tivemos uma prova sem incidentes…
O vexame da Lotus na temporada prejudicou Jean Alesi em Indy, e sua belíssima pintura mal apareceu...

A questão motores também foi interessante, porém isso ficou abaixo pela volta da competição. Tivemos três marcas na categoria, porém, a Lotus ficou fora de qualquer comparação. Uma pena para a Simona de Silvestro, que havia assumido a posição de garota de ouro da categoria com a saída da Danica Patrick para a Nascar, além do vexame que fez o veterano Jean Alesi passar em Indy. Mas a competição Honda X Chevrolet tem muito a crescer, e esse período sem provas tem tudo para melhorar, principalmente no sentido de desempenho, a situação da categoria;
Tony Kanaan foi um grande destaque, principalmente com suas relargadas supersônicas!!!

Mas nem tudo foi problema; A volta da Andretti, como campeã, o que não acontecia desde Dario Franchitti em 2006, tem de ser comemorada; O desempenho absurdo de Tony Kanaan na modesta KV é algo de palmas também. O baiano tinha como grande trunfo as relargadas onde conseguia não se sabe como grandes desempenhos, incluindo aí uma ultrapassagem antológica em uma dessas relargadas em Indianápolis. O surgimento (ou afirmação) de jovens com muito talento, como J R Hildebrand, Simon Pagenaud, James Hinchcliff, Josef Newgarden deixa a situação da categoria a medio prazo muito promissora;

Tudo Igual para Helio Castroneves: Mesma equipe, mesma expectativa, e mesmo fim de ano...

Rubens Barrichello inverteu as expectativas: Não foi bem nos mistos, mas teve bons desempenhos nos ovais.
Quanto ao outros brasileiros: Hélio Castroneves novamente fez um papel conhecido ano após ano: Começa muito bem a temporada, chega como grande favorito a Indianápolis, e a partir de então cai no campeonato até perder a oportunidade de título. Pelo menos nessa temporada não houve problemas maiores para renovar com a tradicional equipe de Roger Penske, pela 13 temporada. Como Ryan Briscoe parece estar a perigo, ele poderá ficar apenas com o azarado ( imcompetente? amarelão?) Will Nigel Mansell Power como companheiro de equipe para o ano que vem;
Já Rubens Barrichello ficou abaixo do que esperava nos mistos, e muito, mas muito acima nos ovais; Reconhecidamente um medo do piloto paulista, os ovais se tornaram seu habitat mas confortável durante o ano. Desempenhos muito bons como em Indy, Milwaukee, Texas, e principalmente Fontana me surpreenderam positivamente. Em mistos, talvez salvou-se Sonoma, como desempenho verdadeiro. Grandes dificuldades com tática, com pit stops (lembrando que a KV havia desativado a sua terceira equipe de mecanicos com a saída de Takuma 199 voltas em 500 milhas Sato, e teve de montá-la as pressas de volta) acabaram deixando a temporada do veterano piloto abaixo da crítica. Um pouco mais de foco na Indy é essencial para Rubens, que tem conversas com equipes de motor Honda para 2013. Esperamos que tenha melhores resultados;
Bruno Junqueira deu o ar da graça em Baltimore no lugar do lesionado Josef Newgarden em fez uma prova decente até onde pode. Foi apenas uma participação, e nem podemos avaliá-lo;
Obvio que o campeão de Indianápolis tem que aparecer. Dario Franchitti e Ashley Judd. Pena que não choveu no fim da prova para ver a Ashley... Deixa para lá!

Outros fatos marcantes foram a vitória marcante de Dário Franchitti na Indy 500; o cancelamento da prova chinesa, que me fez lembrar a questão Texas 2001, mas felizmente não haverá tamanho problema quanto ao acontecido na época; Os desempenhos ( E os acidentes) de Takuma Sato, marcado pela tentativa de vitória duas vezes na ultima volta de 500 milhas, e as duas acabando em muro…


Takuma Sato mitando em Indianápolis. Uma sequencia que foi a cara de Indy, afinal se Al Unser Jr pode, porque ele não pode?

E é claro, Will Nigel Mansell Power;
A cena que define o campeonato com um todo: Power batendo e Hunter Reay indo embora para um título suado, mas merecido.

Porque Nigel Mansell? Novamente o australiano arregou e entregou um campeonato ganho, na ultima prova, por causa de acidentes; o leão foi tres vezes vice campeão antes de conseguir o seu caneco;a transmissão da prova via Bandeirantes aberta, foi talvez um grande momento de conhecimento e sorte protagonizados por Téo José; Segundos antes da batida, Téo profetizou: “ Will Power vai para cima de Hunter Reay. Não precisa, mas ele quer porque quer o título com vitória…. CRASH!!!!!”
Will Power será campeão. Tenham certeza disso. Pela Penske. Roger não vai dispensá-lo tão fácil. Agora que deve ser frustrante ver pelo terceiro ano seguido perder um títilo que poderia ter sido conquistado mais cedo, como foi caso novamente, é muito grande. A demosntração de organização, de produtividade que a Penske mostrou, recolocando um carro quase destruido de volta a pista, é de bater palmas de pé, por longos minutos; Porém, acho que é muito staff para pouca estrela. Power ter muito talento, pouca estrela. A carenagem da Penske é muito pesada para Power.

Abração pessoal
Roberto Taborda
@roberto_f183

Um comentário:

Juanh disse...

Precioso los Dallara de Indy; el que más me gusta es el con motor Lotus de Jean Alesí; lástima que los Lotus no funcionaron.
Abrazos!