quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Seguuuuuuuuuuuuuuura o italiano - Parte 2

Olá amigos do blog Volta Voadora!
Primeiramente peço milhões de desculpas  por não estar colocando mais textos, mas me falta tempo até para respirar, devido ao intenso e recompensador trabalho, mas como promessa é dívida, vamos ao que interessa, ou seja, a continuação do papo sobre Alessandro Zanardi.

A parte dois foca na temporada de 1997 da CART (Ou Fórmula Mundial), onde vamos conferir no que que deu a saga do mito italiano, o mister Donuts, em terras americanas.


O ano de 1997 veio prometendo mundos e fundos a Zanardi, mais experiente, mais capaz, com um equipamento monstro ao seu lado, ou seja, a combinação perfeita do motor Honda, com os pneus Firestone e o chassi Reynard dava mais esperança ao piloto, além de ter uma raposa do mais alto gabarito ao seu lado, o estrategista e mestre nos ovais, o senhor Morris Nunn, tudo estava pronto para um ano avassalador, e assim foi, Zanardi teve um 1997 pra ninguém botar defeito, foi campeão com autoridade.
A temporada 1997 da CART sem dúvida nenhuma foi uma das mais fantásticas da categoria, a combinação de pilotos e equipes permitiu um certame do mais alto nível, com provas lendárias, como Detroit, Portland, Vancouver Elkhart Lake, Saint Louis, Milwaukee, Fontana... ah tempo bom...
Não vou perder o foco do texto e sair falando da CART, isso ficará pra um tempo mega especial que estou pensando em fazer, com fotos, vídeos e muita coisa bacana da época.
Voltando ao Zanardi e a temporada 1997, tudo começou bem pro italiano fazendo a pole no oval de Homestead, mas a vitória foi logo do Michael Andretti com chassi Swift, ah, nosso campeão foi o sétimo colocado na abertura do campeonato.
A segunda etapa do ano foi na Austrália, outra pole de Zanardi e outra não vitória, terminou na quarta posição, vitória de Scott Pruett naquele carro muito legal da Patrick\Brahma Sports Team! O fato triste é que foi a corrida em que Christian Fittipaldi sofreu aquele acidente seríssimo que quase o vitimou, digo triste pois foi um acidente muito sério e que por pouco...
http://www.youtube.com/watch?v=m2__G5FA3mY - Acidente pela Eurosport




E a vitória veio em Long Beach, as duas fotos são do fim de semana na Praia Grande. Ao lado do italiano, o brasileiro Maurício Gugelmin, que foi o segundo colocado.

PS:  Que saudade do traçado clássico de Long Beach...

Daí pra frente o campeonato ficaria imprevisível, pois vejam só, a prova seguinte, Nazareth, teve Paul Tracy como pole e vencedor.  Zanardi foi o décimo primeiro, o campeonato tinha Michael Andretti como líder do campeonato com 51 pontos.
No Rio de Janeiro a pole mais uma vez foi do canadense gorducho, na corrida, após um monte de confusão e uma frustração to tamanho da Rica Pancita do senhor Barriga por ter sido uma prova desastrosa para brasileiros, Bobby Rahal com uma parada a menos iria vencer a prova, eu disse que iria, mas(literalmente) ao apontar na longa reta de largada\chegada ficou sem combustível e Tracy acabou conquistando outra vitória, com isso acabou assumindo a liderança do campeonato com 65 pontos, Pruett tinha 61, Zanardi 55 e Andretti que era líder tinha caído pra quarto com 55 pontos.
O italiano só apareceu mesmo para despontar rumo ao título na prova de Cleveland, na décima etapa do campeonato que tinha Paul Tracy como líder, Zanardi era o quinto, mas a diferença era mínima, de 16 pontos(105 a 96), lembrando que a vitória dava 20 pontos, mais um ponto pela pole conquistada.
Tanto em Detroit, tanto em Portland, o italiano não foi tão combativo, coloco essas provas pois são lendárias para qualquer viúva e aqueles que querem conhecer um pouco mais dos fatos. Outra hora destrincho essas duas categorias ao falar de outro piloto super especial, mas digo que em Belle Isle Zanardi não completou a prova devido a acidente e em Portland até teve alguma chance liderando vinte e três voltas, mas acabou escapando da pista no trecho final da prova com os pneus slicks e terminou a corrida em décimo primeiro.
Após Clevelândia foi segundo colocado na prova seguinte em Toronto, vitória apertadíssima de um inspirado Mark Blundell que tinha um baita carro da Pacwest(ah se tivesse piloto nesse carro...) apenas a 0,694 de diferença. Vale ressaltar que a Penske pra 97 não tinha um carro melhor que o de 96 e 95, pois em pistas ovais de média e baixa velocidade o carro andava super bem,  já em ovais longos, mistos e circuitos de rua o carro não era lá essas coisas... tanto que em Toronto, Tracy foi o décimo colocado e seu companheiro, o lendário Al Unser Jr foi o vigésimo(a história desse homem deixa qualquer um triste, outra hora conto)
A US 500 foi a prova mantida de Michigan para a temporada 97, pois depois da cisão a CART não quis deixar seus pilotos correrem a Indy 500 pela IRL, para 96 tivemos duas provas em Michigan, a Michigan 500 disputada no mesmo dia(mas não no mesmo horário pois aí seria algo canalha demais das duas categorias) e para 1997 Saint Louis cumpriu esse papel...  e o que se viu até a metade das 500 milhas era uma corrida até parelha, pois o comum nessa época eram corridas chatíssimas que algumas vezes tinham finais monstruosos, como a de 95 que nem foi ruim por si só, foi boa até chegar no final, ou a de 94...enfim, outros tempos.
Voltando, Zanardi liderou 104 das 250 voltas, não liderou em seqüência, mas as últimas 31 voltas foram só dele.



    Ah que saudade disso... largada da prova de Michigan em 1997, com Pruett, Big Mo, Boesel, Vasser, Johnstone, Rahal, Zanardi, Herta, Ribeiro.

Vamos conferir a tabela de classificação abaixo:

1     Alex Zanardi               127
2     Paul Tracy                    -6
3    Gil de Ferran               -19
4    Michael Andretti          -24
5    Greg Moore                -32

O sinuoso circuito de Mih-Ohio foi o palco seguinte, mais uma pole com vitória do italiano de Bolonha, com isso, a situação dos rivais começava a ficar difícil com relação ao título.
Em Elkhart Lake tivemos uma prova costumeira em partes, disputada como sempre, mas com o adicional da chuva, o que deu uma animada geral nos ânimos, lembro que o SBT não conseguiu exibir a corrida ao vivo pois atrasou em mais de duas horas a largada, acabou que foi exibido em VT na madrugada acho que do sábado seguinte. (Acho que foi por aí que começou a se pensar em VT, que depois virou compacto em 1999). Com relação ao título, após Mid-Ohio o piloto tinha 27 pontos de vantagem aos demais e tudo levava a crer que isso se manteria... e manteve, mas não foi assim tão fácil, pois todo mundo teve dificuldade com a chuva, Arnd  Meier que o diga... me bate o carro de forma tão bizarra que consegue simplesmente passar por cima do alambrado e parar quase junto aos torcedores.
Sobre a corrida em si, vou dar destaque ao Dario Franchitti, que estava na sua temporada de estréia pela equipe Hogan naquele carro prata escuro, fazia uma prova de ataque, realmente dando tudo de si numa pilotagem lindíssima, saia de lado nas saídas de curva em quase todas as ocasiões, mas como todo bom novato, faz suas merdas, cagadas, besteiras, enfim... em uma bandeira amarela me saiu todo aloprado dos boxes com pneu slick, apontou na curva um, rodou e... BATEU! (EEEEEEEEEEEEE Franchitti)
Agora a corrida!
A pole foi de Maurício Gugelmin com Mark Blundell saindo ao seu lado, pode-se dizer duas coisas. Ou que o italiano estava quieto entre os cinco primeiros, ou que não se sentia tão confortável assim... mas já para o trecho final da prova, as Pacwest’s trocaram seus slicks por novos compostos enquanto Zanardi fica umas duas ou três voltas a mais na pista, foi o suficiente, com voltas assustadoras enquanto Big Mo e Blundell tentavam aquecer seus pneus permitiu ao italiano assumir a liderança e não perder mais, além de ver Blundell arrebentar seu motor Mercedes no trecho final da prova. Vale ressaltar que além de Big Mo em segundo, tivemos Gil de Ferran em terceiro e Christian Fittipaldi em quarto, ou seja, Dedê Gomez deve ter ido a loucura!!!

    Saindo para vencer!


    Aí está o carro de Franchitti para 1997. Hogan - Mercedes - Firestone - Reynard


Ah sim, Vancouver, essa versão que durou até a temporada de 1997 era simples porém desafiadora, com seus bumps, aquele curvão bizarro após o trecho de altiíssima velocidade, o túnel, a parte final do circuito(recomendo qualquer um a prestar a atenção em Michael Andretti correndo e abanando pra todo lado) teve sua última corrida neste ano e não poderia ter sido diferente do inusitado, Zanardi era pole com Rahal ao seu lado, Vasser e Andretti na segunda fila com Mo e Herta na terceira fila. Emoções prometidas, emoções cumpridas.
Nosso italiano teve um dia meio de Ayrton Senna em Adelaide 86(todo mundo paga pau mas eu acho aquela exibição do Ayrton digna de dó, errou tudo que tinha direito e ainda passou da conta, eu ein...), na volta 16 passou pelo hairpin sem fazer a curva, mas conseguiu voltar e perdeu muitas posições, pois seu motor morreu, sua missão era a de escalar o pelotão e assim o faz, um a um, vindo em ritmo de classificação em toda santa volta, fazendo uma ultrapassagem colossal em cima de Andretti no hairpin, mas com isso os riscos aumentam, até que a 18 voltas do fim errou no mesmo ponto e da mesma forma,  voltou em décimo, ainda me consegue chegar em quarto lugar,só que aprontou pra cima do Bryan Herta na última volta.
Mas o destaque além disso foi que no dia 31/08/1997 Maurício Gugelmin finalmente vence sua primeira – e única – corrida na CART, obviamente o momento foi super festejado, pois Big Mo até chegar a esse dia só tinha engolido sapos,  como em Detroit em que quase ganhou a corrida... mas tão quase que a meia volta do final ficou sem combustível... entre outros.

http://www.youtube.com/watch?v=5JQty-sRSs4 - Confira um resumo da corrida pelo SBT!
http://www.youtube.com/watch?v=BWFNrKaxixA - Matéria sobre a vitória do Big Mo!




    Outra bela pintura, dessa vez, a da Pacwest de Maurício Gugelmin.


A penúltima etapa da temporada foi no místico e inseguro circuito de Laguna Seca, só que antes de falar qualquer coisa, vamos ver como ficou a classificação da temporada após a prova canadense.
1                Alex Zanardi                 181          
2                Gil de Ferran                144   
3                Paul Tracy                    121   
4                Mauricio Gugelmin        115  
5                Greg Moore                 111 
6                Michael Andretti           108 
7                Jimmy Vasser               107      
8                Scott Pruett                    96 
9                Raul Boesel                    86           
10              Mark Blundell                79 

Ou seja, ainda tinha campeonato em Laguna!



    Somente este homem poderia bater Zanardi. Gil de Ferran e seu Valvoline - Honda - Reynard - Firestone da equipe Walker.


Sem desmerecer a Walker, mas, a chance era quase zero, afinal, o carro era muito bom sim, mas a equipe era bem fraca na estratégia, uma KV da vida atualmente, sem contar que Gil teve um ano constante, deixou a agressividade dos outros anos de lado e foi brilhante, sempre terminando as corridas bem posicionado, tanto que foi para a California não tendo vencido nenhuma corrida no ano.
 Vamos pra Laguna, Bryan Herta foi o pole, mas vamos ao que interessa, Gil precisava tirar 19 pontos do italiano para Fontana, ou seja, era vencer e Zanardi me terminar pra lá de décimo, algo impossível, e assim foi, terminando em terceiro foi campeão por antecipação da temporada, muita festa, champagne, luzes, fotos, entrevistas e um italiano feliz da vida!!!!!!


Mas ainda tinha uma prova... Fontana, que estreava no certame, um circuito similar a Michigan, um pouco menor em largura, mas isso não importa, o que importa foi o que vou contar a seguir, sem contar que o circuito é do Roger Penske.

Durante os treinos livres, talvez pela junção de falta de acerto com a pista fria, Zanardi perde o controle do carro e bate violentamente no muro, sendo que nem foi autorizado a correr, sendo substituído pelo holandês voador Arie Luyendyk.
Arie Luyendyk  foi chamado as pressas para correr, tanto que nem fez a qualificação, ou seja, saiu de último, fazia uma prova até que boa, mas se acidentou no fim da corrida com Arnd Meier, quando o alemão perde o controle do carro e Arie não teve o que fazer, em um dos acidentes mais feios da temporada.


    
Pessoal da Indy Car Series... vejam essa configuração e melhorem o carro para os ovais, por favor.
Sobre o fim de semana, aquele clima de encerramento imperava legal, a não ser para a Pacwest, que me coloca Maurício Gugelmin na pole de forma avassaladora, superando os 400km/h

    
Convertam em quilômetros e vão ver quão assustador foi a volta do Big Mo! Até o ano 2000, foi a volta mais rápida em um circuito fechado do mundo.
Como eu disse, a Pacwest não estava pra brincadeira, pois a vitória acabou ficando com Mark Blundell.
Abaixo confiram a classificação final da temporada!
1                Alex Zanardi                  195          
2                Gil de Ferran                  162           -33 
3                Jimmy Vasser                144            -51 
4                Mauricio Gugelmin         132           -63 
5                Paul Tracy                     121           -74 
6                Mark Blundell                115           -80 
7                Greg Moore                  111           -84 
8                Michael Andretti            108           -87 
9               Scott Pruett                    102           -93 
10              Raul Boesel                     91         -104 
11              Bryan Herta                     72        -123 
12              Bobby Rahal                    70        -125 
13              Al Unser, Jr.                    67         -128 
14              Andre Ribeiro                  45         -150 
15              Christian Fittipaldi            42         -153 
16              Parker Johnstone             36         -159 
17              Patrick Carpentier           27         -168 
18              Adrian Fernandez            27         -168 
19              Roberto Moreno             16          -179 
20              Gualter Salles                  10          -185 

E assim terminou a temporada de 1997, agora eu vou dar a minha opinião, pois foi uma temporada absurda, com corridas monumentais, como Milwaukee, Detroit, Portland, Vancouver, entre outras, sem contar o line-up, até os pilotos ruins tinham carisma. O acidente horrível de Christian Fittipaldi me assustou muito e vê-lo vivo depois foi algo incrível. Greg Moore vencendo sua primeira prova mostrava que ele era sim um piloto especial e muito mais do que o atrapalhado piloto versão 1996. Outras surpresas foram os brasileiros Gil de Ferran e Maurício Gugelmin, que discretamente levaram seus carros a excelentes posições no fim da temporada. Um ano magnífico... e 1998 seguiu a risca!

E 1998 começou, lembro bem o temor do El Niño e suas chuvas com ventos que pareciam coisa de cinema, assustou legal. No automobilismo vivíamos um momento estranho, na Fórmula 1 Jacques Villeneuve tinha sido campeão em 9, o Brasil vivia um momento fraco com Rubens Barrichello tentando fazer algo na Stewart, na CART nossos pilotos mostravam bons serviços mas faltava fazer frente, em compensação, o maior piloto brasileiro de todos os tempos humilhava... falo de Marco Greco que foi terceiro colocado na IRL em 97, algo incrível, tanto que isso não serviu pra absolutamente nada... continua esquecido em algum lugar.

Voltando para 1998, vamos a uma prévia do que poderia acontecer para a temporada da CART.
1 – As equipes pareciam mais próximas, a Newman Haas parecia que vinha com força máxima, tanto com Fittipaldi, tanto com Andretti, a Forsythe prometia muito, mas quem parecia vir com força mesmo era a Pacwest, que após um ano glorioso, parecia que vinha realmente pra ser a grande força da Mercedes, sem contar a Walker, que apesar dos pneus Goodyear, tinha como meta manter o ritmo do ano anterior, sem contar, a Rahal que estava doida pra entrar na brincadeira... e óbvio, a Ganassi.

2 – O item acima foi com equipes que mantiveram seu line-up, a não ser a Forsythe que contratou Patrick Carpentier para o segundo carro, após um ano muito bom na Bettenhausen no ano de estréia. Agora vou falar de dois times que tiveram mudanças, primeiro a Penske que após um ano esquisito, onde com Paul Tracy ia muito bem nos ovais curtos, já nos mistos era carro de meio de grid e com Al Unser Jr. não ia bem em lugar nenhum – repito, a história desse homem é de fazer chorar – pois para 98 o Roger Penske resolveu inovar na aerodinâmica, implantando um carro com bico de tubarão, copiando legal a Fórmula 1, que era usado por todas as equipes da categoria do tio Bernie, já nos EUA... e aviso... foi um desastre, sem contar que trouxe André Ribeiro para pagar mico, pois segundo consta, após Fontana 500, o tio Penske chegou em André e perguntou "Você quer um carro que NÃO quebra?" Que dó...

    Um híbrido F1 x Cart é igual a isso... um desastre!

A equipe Green, que mandou Parker Johnstone virar comentarista e trouxe Paul Tracy que teve seu auge de macacadas com o promissor e velho conhecido atualmente mas que na época não era tão famoso assim, o escocês Dario Franchitti... Barry Green teve um ano feliz da vida, pois enquanto um xingava em canadense, o outro xingava em escocês, quem viu Saint Louis e Houston(principalmente a última sabe  o que digo). A Patrick Racing dispensou Raul Boesel e contratou o mexicano Adrian Fernandez, que sofreu na Tasman com chassi Lola no ano anterior, mas sofreu de forma digna e foi premiado em andar com um bom carro, e fechando, a Bettenhausen perdia Patrick Carpentier, mas trazia Helio Castro Neves, que na época tinha o nome separado mesmo!


O que aconteceu em 1998?
Como foi nosso piloto campeão?

Vamos ver isso na próxima parte deste especial!
Mais uma vez quero pedir desculpas pela falta de tempo em me dedicar, mas conforme for, vou montando e colocando aqui para contar um pouco mais da história do automobilismo!
Um abraço a todos, fiquem com Deus e até a próxima.
Facebook: Duhílio de Menezes



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lucas Foresti fez dois dias de testes na GP2

Barcelona - Espanha, 31 de outubro de 2012
At. Editoria de Esportes | Veículos | Automobilismo
World Series By Renault - WSR

No carro da equipe Caterham Racing brasileiro voltou a acelerar no circuito de BarcelonaLucas Foresti barcelona caterham

 

Uma semana após ter iniciado os seus testes de inverno na World Series o piloto brasileiro Lucas Foresti (BREDA | PIRACICABANA CARGAS) foi convidado pela equipe Caterham, da GP2 Series, para fazer dois dias de testes no carro da equipe. Feliz pelo convite o jovem de Brasília aceitou de imediato e, novamente, se dirigiu ao Autódromo de Barcelona, na Espanha, para conhecer este novo equipamento.

Com total apoio da equipe e tendo como companheiro o experiente piloto Alexander Rossi, Lucas teve pela frente dois dias de diferentes condições de pista o que lhe permitiu, de certa forma, conhecer o carro em situações de pista seca, molhada e úmida, quando teve de andar com pneus slick em um piso pouco aderente.

Em situações diferentes criadas pelos engenheiros e técnicos da equipe o piloto foi colocado à prova em condições extremas como um simulado de corrida e simulado de classificação. Em outra situação lhe forneceram um carro fora das melhores condições para que pudesse informar aos engenheiros as reações que lhe incomodavam e, mais do que isso, pudesse indicar com precisão o que poderia ser feito para melhorar.

Ao final da sessão desta quarta feira, Lucas teria condições de ter finalizado o texto entre os cinco mais velozes. Porém, uma bandeira vermelha em sua volta mais rápida, lhe impediu de finalizar a volta com o tempo que desejava. De qualquer maneira, o piloto se sentiu satisfeito pelo desempenho e pelo aprendizado.

“Estou muito contente com a oportunidade de ter testado um carro da GP2. Quero agradecer à equipe Caterham, aos meus patrocinadores, familiares e todo o staff que me permitiu chegar até aqui. Foram dias intensos, de muito trabalho e desenvolvimento e tenho certeza que, não fossem as bandeiras vermelhas, poderia ter finalizado com tempos de volta realmente excepcionais. A equipe Caterham traz para a GP2 uma estrutura e sistema de trabalho semelhante ao que eles utilizam na F-1 e, realmente, fiquei muito bem impressionado com o time”, comentou o piloto brasileiro.

Piloto brasileiro testou em várias condições de piso.

Lucas Foresti barcelona Caterham 2

Phill Spencer, chefe da equipe Caterham Racing, comentou: “Estou muito satisfeito com o desempenho do Lucas nas diferentes condições de pista que tivemos nestes dois dias. Ontem com a pista seca não tivemos problemas e ele conseguiu andar muito. Hoje, devido à forte chuva, ele andou menos e, infelizmente, em suas duas voltas rápidas, com pneus novos, foi prejudicado com bandeiras vermelhas que lhe impediram de registrar um tempo melhor. Em sua melhor volta, pelas marcas estabelecidas no setor 1 e no setor 2, certamente teria teria finalizado o dia entre os cinco melhores da pista”.

Já o chefe dos engenheiros da equipe Caterham, o experiente Humphrey Corbett, destacou a evolução do piloto brasileiro. “Nós tivemos um cronograma de testes bem pesado nestes dois dias e conseguimos concluir sem incidentes. Estou satisfeito porque ontem o Lucas conseguiu dar muitas voltas e trazer muita informação para nós. Hoje, em condições de pista muito complicadas, com chuva e depois seco, ele se mostrou rápido. Infelizmente ele não conseguiu finalizar as voltas rápidas com os dois jogos de pneus, pelas bandeiras vermelhas, mas se mostrou muito rápido mesmo sem nunca ter andado neste carro”, encerrou.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Lucas Foresti irá promover mundialmente a Copa do Mundo FIFA 2014


Projeto ACELERA BRASIL, de autoria da Avantgarde Brasil, recebeu a chancela do Governo Brasileiro;

Na última quinta-feira, dia 27, enquanto o piloto brasileiro Lucas Foresti (RADIEX | BREDA | PIRACICABANA CARGAS), que compete na World Series by Renault, se preparava para a penúltima rodada do campeonato, sua equipe de marketing e comunicação conseguiu uma grande vitória junto ao Governo Brasileiro.
Na sede do Ministério do Esporte, em Brasília, o projeto denominado ACELERA BRASIL, de autoria da Avantgarde Brasil, empresa de marketing que cuida da carreira de Foresti, recebeu a chancela do Ministério do Esporte como um dos projetos que irá promover o país tendo como interação principal a Copa do Mundo FIFA 2014. O projeto foi selecionado na chamada pública do Plano de Promoção do Brasil. O projeto poderá integrar ações de promoção desde já até a realização do Mundial de 2014.
O diretor da Avantgarde Brasil, Luiz Arruda, recebeu o diploma com a chancela das mãos do ministro Aldo Rebelo e do secretário executivo Luis Fernandes que, pessoalmente, parabenizaram e destacaram a diversidade cultural do país traduzida através da interação dos esportes.
“Esse esforço de promoção e de valorização da Copa ajuda a manter a unidade do país e, ao mesmo tempo, valorizar a variedade imensa que temos. Essa iniciativa torna a Copa ainda mais rica, com a expressão geral do nosso povo. Sei que o Brasil vai receber o mundo não apenas com um Mundial organizado, mas também alegre, inventivo e criativo”, disse o ministro.
“O projeto selecionado expressa a variedade e a riqueza cultural da sociedade brasileira. É um esforço nacional com múltiplas parcerias para explorar ao máximo as oportunidades que a Copa oferece para consolidar a imagem do Brasil num outro patamar no cenário mundial”, disse o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes.
O principal objetivo do ACELERA BRASIL, único projeto automobilístico aprovado, será o de promover mundialmente o Brasil através de ações ligadas ao automobilismo e relacionando-o com o futebol. Uma maquete em escala real do carro de Foresti será exposto em locais de grande circulação em 14 países até o início da Copa, além de ações promocionais nas pistas por onde passa a World Series. Nestes eventos de competição será montado um “Padock Brasil” onde serão mostradas as belezas e oportunidades de negócios de nosso país ao empresariado e formadores de opinião de cada local.
“O povo brasileiro terá nestes dois anos que faltam para a Copa uma chance única de mostrar ao mundo cada pedacinho do Brasil. De minha parte estou muito feliz por poder, de certa maneira, receber este status de “embaixador” de nosso país e mostrar que, assim como o futebol o automobilismo também é uma grande paixão nacional”, ressaltou Foresti, direto de Paul Ricard, na França.
O projeto ACELERA BRASIL será apresentado na íntegra na próxima semana, em São Paulo, em um evento que reunirá a imprensa assim como investidores e formadores de opinião de vários setores da sociedade brasileira.
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SEGUUUUUUUUUUUURA O ITALIANO!


Devido a estar trabalhando, estou sem tempo, sem contar que o texto está imenso, por isso vou dividir em partes, sem contar que comecei a escrever este texto durante a Paralimpíada, portanto, tá um pouco atrasado. 

Eu ia falar sobre outro tema, mas não tenho como sair do que estamos vendo atualmente... o mundo aplaude Alessandro Zanardi.
E é com a emoção a flor da pele que o blog "Volta Voadora" faz uma singela homenagem ao eterno campeão, ao Papa-Léguas, ao senhor Donuts, o homem que deixava Téo José louco e gritava "SEGUUUUUUUUUUURA O ITALIANO"... Alex Zanardi.

Se você está em Urano, ou pelas redondezas do Sistema Solar, sabe que estamos em ano olímpico, e também sabe que estamos na Paralimpíada, mas se você é do tipo que acompanha a novela das 21hs religiosamente e esquece do mundo, não sabe e nem faz a menor ideia de quem é Zanardi, pois bem, eu vou lhe explicar(E penso... que desinformado esse ser proveniente de vida).
Alessandro Zanardi é um daqueles caras que você pode ter certeza que viveu altos e baixos, momentos de glória e de incerteza, momentos em que era "O CARA" e momentos em que estava mais por baixo do que rato de esgoto, um sujeito que tudo que queria era correr e ser notado. Conseguiu tanto um quanto outro.
Surgiu na Fórmula 1 em 1991, mas não fez nada de destaque, aliás, até fez, assim como o fez até 1994, era mais conhecido por suas saídas de pista, acidentes do que propriamente por proezas fantásticas, apesar de ter tido boas participações na F-3000 e nas categorias de base,  tendo disputado o título da F-3 italiana em 1990, campeonato vencido por Roberto Colciago.
Disputou a F-3000 em 1991, vencendo as provas de Mugello e Vallelunga, além de ter feito pole nos circuitos de Pau(leia-se Pô, seu porco mente suja),Mugello,  Brands Hatch, além de ter feito as melhoras voltas em Vallelunga, Mugello e Nogara. Finalizou a temporada na segunda posição, pois o campeão foi o brasileiro Christian Fittipaldi com 47 pontos, enquanto o italiano fez 42 pontos.
Zanardi na F3000, pela equipe Il Barone Rampante



Nomes interessantes que disputaram o campeonato:  Damon Hill, Jean Marc-Gounon, Vincenzo Sospiri, Andrea Montermini, Heinz Harald Frentzen(Amigo do peito do Michael Schumacher, até “emprestou” a namorada que tinha na época ), Karl Wendlinger,  Laurent Aiello, Alain Menu e Alain McNish.
Outra curiosidade. A Forti Corsi, aquela equipe que apareceu em 1995 dizendo que era ítalo-brasileira, mas que não era tanto assim... foi tricampeã da categoria, de 1987 a 1990 da F-3 italiana, com os italianos Enrico Bertaggia, Emanuele Naspetti e o mito Gianni Morbidelli.

Durante a temporada de 91, devido as suas boas apresentações, apesar de ter tido quatro abandonos (Pau, Enna- Pergusa, Hockenheim e Le-Mans) teve seu prêmio, pilotar pela Jordan no fim do ano, já que também o tio Eddie estava procurando alguém para substituir um tal certo Miguelito que tinha assombrado a categoria em Spa. Com isso, o italiano fez sua estréia na categoria no gp da Espanha em Montmeló, que também fazia sua estréia na F1, e o cara não fez feio, terminou a prova em nono lugar, enquanto o mito, a lenda, o ser vivo mor de destruir carros, a dor de cabeça add extremum pra qualquer dono de equipe, Andrea de Cesaris... abandonou.

Na mítica Jordan E191, aquela verde com patrocinio da 7-UP
  
A prova seguinte foi em Suzuka no Japão, onde abandonou, já em Adelaide repetiu o nono lugar, ou seja, em três provas, o nosso amigo foi bem.
Em 1992 não teve um ano pra se dizer que foi proveitoso, foi test-driver da Benneton, mas pra valer mesmo, correu pela Minardi quando substituiu Christian Fittipaldi, de novo fez três provas, Silverstone,  Hockenhein e Hungaroring, não classificou nem em Silverstone e nem em Hungaroring e em Hockenhein abandonou, terminando assim na honrosa anti-penúltima posição no campeonato, atrás apenas de Perry McCarty e Giovana Ammati.
Em 1993 e 1994 correu pela Lotus, mas não fez temporadas completas, em 93 correu 11 vezes e fez um ponto, no gp do Brasil.
Aliás, foi neste ano que até então ele sofreu seu maior acidente, na Bélgica, na Eau Rouge ele simplesmente veio como um louco prestes a se suicidar e conseguiu bater dos dois lados da Eau Rouge, o acidente foi terrível, mas dessa vez o italiano tinha saído inteirinho da confusão, mas convenhamos, deve ter ficado num cagaço danado por um tempo, pois aí não é nem questão de “piloto tem sangue frio”, mas sim de “caralho, quase virei molho de macarrão”.
Lotus 1993.Sim, eu gosto dessa pintura!


Abaixo confira a pancada insana do italiano nos muros da Eau Rouge, e após, confira a entrevista do italiano.
Vale dizer também que a Lotus optou por ter Johnny Herbert como desenvolvedor da suspensão ativa, assim, Zanardi ficou meio que jogado de lado na equipe inglesa.
Outra coisa, depois de Spa 93, Zanardi só voltou a F1 com o campeonato de 94 em andamento, mais precisamente na quinta prova do ano, a de Barcelona, terminando em nono lugar.
Antes de continuar, vale uma ressalva, o ano de 94 foi super tenso pra Lotus, tanto que usou como pilotos, além do italiano e do inglês Herbert, o belga Phillip Adams, o bom piloto português Pedro Lamy, o francês Éric Bernard e o melhor piloto de todos os tempos segundo ele mesmo, Mika Salo(se fosse o Hakkinen até aceitava), e mais ainda, a Lotus usava motor Mugen Honda V10!
Enfim, vamos colocar em miúdos, Alex estreou em Barcelona, quinta etapa do ano e correu até a décima etapa, o gp húngaro, depois voltou na décima segunda etapa, o temido gp belga, “folgou” uma e voltou no gp da Itália, indo até o final do ano, sendo que completou apenas cinco provas tendo como melhor resultado a prova de Barcelona, os outros resultados foram abaixo disso, sendo o pior deles o décimo sexto lugar no gp da Europa em Jerez(O que foi aquela chicane sem vergonha que fizeram? Só não foi mais insosso do crime que fizeram em Spa).
Terminado o ano de 94, a Lotus, como ato de misericórdia resolveu se unir a equipe Pacific para 1995, já que pasmem... a equipe não tinha dinheiro nem pra comprar peças e em Adelaide os dois carros abandonaram... não preciso dizer que nosso herói ficou sem carro para 1995, mas acho que mesmo que pudesse, correr pela Pacific seria um fiasco total, pois o carro era bem ruim e o motor Ford não era lá essas coisas, tanto que a equipe vivia se pegando com a... Forti Corsi, ganhava pois além do carro mais leve, usava câmbio borboleta e a equipe rival foi a última da história da F1 a usar câmbio de alavanca, além do carro ter sido uma banheira com rodas.


Se pegar foto do carro de 94 da Lotus, vão ver que é parecido, claro, sem contar as mudanças de regulamento.
Zanardi viveu um ano fora dos holofotes(que já não tinha muito mesmo) em 1995 fez corridas de turismo, até que no fim do ano um yankee branquelo gorducho resolveu dar um puta tiro no escuro e contratou nosso amigo comedor de pizza... falo do Chip Ganassi, o figura resolveu dar um assento de seus carros ao piloto, e duvido que não tenha sido sua grande cartada na história.
Enfim... lá foi Alex se mudar de mala e cuia para as pistas americanas, um terreno diferente do que ele estava acostumado, em vez de Michael Schumacher, Frentzen, Hakkinen, Lagorce, Katayama e Inoue, ia enfrentar gente do naipe de Al Unser Jr, Michael Andretti, Jimmy Vasser, Hiro Matsuhita, Charlie Nearburg e Arnd Meier.


Chip Ganassi! Parece um tio meu... aliás, acho que todo mundo tem um tio parecido...



Zanardi em terras americanas!






O ano de 96 foi sensacional pro italiano, mesmo não tendo sido campeão, finalizou o ano em terceiro com 132 pontos, viu seu companheiro, o gente boa Jimmy Vasser ser campeão, mas todos sabiam que o ano de 97 era seu... e assim foi.
Antes vamos a um retrospecto da temporada de 1996 da CART.

O campeonato de 1996 começou no oval de Homestead em Miami no dia 3 de março e a corrida de Zanardi durou 82 voltas, pois acabou se chocando no muro com bastante força, mas o italiano saiu bem do carro e adquiriu experiência na sua primeira corrida.
A sorte começou a mudar no Brasil, pois se na F1 ele marcou seu único ponto em 1993 naquela corrida toda doida, pela CART foi muito mais além e marcou a sua primeira pole-position, deixando uma impressão fantástica de velocidade e agressividade, pois nos treinos era comum Zanardi andar várias voltas seguidas em ritmo forte, buscando os limites do carro e de si mesmo. Na corrida terminou em um ótimo quarto lugar, pois se em Homestead não tinha conseguido fazer muita coisa, em Jacarepaguá deixou uma ótima impressão, tanto que em uma entrevista ao SBT, Zanardi disse que só naquele fim de semana tinha recebido muito mais atenção do que em toda a sua passagem pela Fórmula 1, mal sabia ele que as coisas só iam melhorar...

Sua primeira vitória foi avassaladora, no sinuoso e molhado gp de Portland no estado de Óregon, a prova começou com Sol, mas aí caiu uma chuva média, só que o suficiente para vários pilotos trocarem os pneus, mas só que esse suficiente pra molhar, não foi o suficiente pra se manter molhado por muito tempo, Zanardi jogou certo e venceu a prova, saindo da pole-position e fazendo volta mais rápida, não dando chance aos rivais, aliás, nessa prova ficou claro como os pilotos americanos na época não eram muito chegados a pilotar na chuva. 
Al Unser Jr e Alex Zanardi... Al Jr foi quem ficou mais tempo com os pneus de chuva, só que a mãe natureza foi impiedosa e deixou o excelente piloto a míngua com os pneus

Em Cleveland, no aeroporto de Burke Lakefront, tivemos uma das corridas mais espetaculares da história, não tão foda quanto a de 95, corrida que aliás eu recomendo de pé junto... não sou do tipo que acha a F1 um porre com KERS + Asa móvel, pelo contrário, mas se você é do tipo que quer ver disputas insanas, procure no youtube e delicie-se, mas vamos a 1996.
Jimmy Vasser fez a pole, mas quem tinha a mão do circuito era Gil de Ferran, que quase venceu a prova do ano anterior(não conto o que houve), e em 1996 ele dominou a prova, mas optou por uma estratégia de uma parada a menos, enquanto Zanardi fez a estratégia normal de paradas. No trecho final, o piloto do carro da Chip Ganassi fez uma parada e Gil seguiu, tudo parecia calmo e tranqüilo na equipe de Jim Hall, porém o brasileiro começa a reduzir seu ritmo e o italiano começa a andar insanamente fazendo volta mais rápida em cima de volta mais rápida, se aproximando de forma absurda, lembro que Téo José e Dedê Gomez comiam as unhas de nervoso, o autódromo ia nesse embalo e eu também,  e a duas voltas do final travam um duelo absurdo onde Gil chega a perder a liderança, mas em um movimento de muita maestria e contando com um erro do italiano consegue recuperar a ponta e não perdeu mais... se você não acredita, confira abaixo o duelo maravilhoso dos dois.

Confira o final da prova abaixo com transmissão do SBT!

Aqui você confere o GP de Cleveland pela transmissão americana. Parte 1 de 7
http://www.youtube.com/watch?v=eQaUfrbgguM

Largada em Cleveland.

Zanardi ainda venceria a prova de Mid-Ohio, sendo que fez as poles em Mid-Ohio, Elkhart Lake, Vancouver e Laguna Seca.

Ah... Laguna Seca, um circuito lindíssimo mas que é mais Mickey Mouse, só que o “corkscrew” ou saca-rolha compensa qualquer coisa... tão foda quanto a Eau Rouge, tão foda quanto o Carrossel de Road America, tão foda quanto a subida de montanha e também a descida em Bathrust... enfim, uma curva absurda, aliada a uma descida monstrousa... o equivalente a um prédio de vinte andares, teve o seu lance mais colossal nesse ano, e com Zanardi como protagonista...
Veja a foto acima, ta vendo aquele carro branco e negro com patrocínio da Shell? Pois é, eu acho a pintura linda, é da equipe Rahal, foi pilotado por Bryan Herta, vale dizer que em 96 a equipe usou motor Mercedes, o que interessa é que Bryan liderou a corrida inteirinha com Zanardi ali em segundo, até que na última volta...



Um lance cruel pra ser sincero, pro Bryan Herta foi desmoralizante... enfim, veja o vídeo e entenda a razão.

E assim foi 1996 para Zanardi, para quem passou de 92 a 95 na merda, imagino que a sensação em algum momento do ano foi “Caralho... eu devia ter vindo pra cá antes!”, mas sou do tipo que crê em momento, você estar no momento certo, na hora certa, e isso aconteceu com Zanardi na CART na sua primeira passagem, nem preciso dizer que foi campeão de novatos, algo que os americanos valorizam muito, o chamado “rookie of the year”, e de sacanagem eu vou por aqui a tabela de classificação final do “c.n”
1 – Alex Zanardi – 132 pts Chip Ganassi
2 – Greg Moore – 84 pts Forsythe (Teria ido bem melhor se tivesse corridor mais com a cabeça em vez de sair batendo em tudo e todos, apesar da estréia assustadora em Homestead e Nelson Piquet ter apostado que Moore venceria a prova, foi inconstante demais... ah e na prova do Rio, Moore foi segundo)
3 – Mark Blundell – 41 pts Pacwest(ficou for a de três provas devido ao acidente em Jacarepaguá, por sorte saiu vivo pois se tivesse acertado o carro do seu companheiro Maurício Gugelmin...)
4 – Jan Magnussen – 5 pts Hogan Penske(substituiu Emerson Fittipaldi após o acidente do brasileiro em Michigan que o retirou das pistas)
5 – Pj Jones – 4pts All American Racers (Filho da lenda Parneli Jones, o Parneli Junior Jones fez um campeonato discreto...)
6 – Maximiliano Papis - 4pts  Arciero(Fez poucas corridas pela Footwork na F1 em 95 e foi pra CART após o falecimento do Jeff Krosnoff)
7 – Richie Hearn – 3pts  - Della Pena (Fez apenas três provas e conseguiu marcar pontos logo na primeira prova que participou em Long Beach, terminou por exemplo, com a mesma pontuação do Hiro Matsushita que fez a temporada completa, mas tanto piloto, quanto equipes estavam divididos entre a CART e a IRL, teria sido um grande piloto se melhor aproveitado, já que em 97 e 98 andou bem com um carro limitado).
Sem pontos temos Jeff Krosnoff, que faleceu em Toronto em um acidente em a responsabilidade vai pro Stefan Johanson que o fechou no fim da reta oposta no fim da prova, Michel Jourdain Jr que estreou com 19 anos, sendo o mais jovem piloto a estrear na categoria e como melhor resultado teve um décimo sexto lugar na prova de Vancouver (não tenho certeza se Marco Andretti bateu essa marca) e o apagado Frederik Ekblom que só correu US500.

Classificação final do campeonato 1996 da CART World Series
1-      Jimmy Vasser – 154 pts – Chip Ganassi
2-      Michael Andretti – 132 pts- Newman-Haas
3-      Alex Zanardi – 132 pts– Chip Ganassi  
4-      Al Unser Jr – 125 pts (Vale ressaltar… Al Jr não venceu nenhuma corrida no ano, mas foi campeão em pontos nos circuitos ovais. A última vitória do Little Al foi em Vancouver 95).
5-      Christian Fittipaldi – 110pts – Walker (Seu companheiro, Robby Gordon teve um ano pra lá de maluco, terminou apenas na décima oitava posição com 29 pontos).




Parte 1 concluída! Ou seja, do ostracismo da F1 ao começo pra lá de avassalador na CART 96! A parte
2 do texto vem com suas peripécias nos próximos anos da CART! Não perca no blog VOLTA VOADORA!

Facebook: Duhílio de Menezes

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

E SE… A Fórmula 1 voltasse a usar os numeros tradicionais nas equipes-Parte 2

Seguindo a nossa trilogia, vamos viajar um pouco? Então, hora de lembrar os numeros das equipes da temporada 1991 da Fórmula 1:
  • 1/2- McLaren
  • 3/4- Tyrrell
  • 5/6 - Williams
  • 7/8 - Brabham
  • 9/10 - Footwork
  • 11/12 - Lotus
  • 14 - Fondmetal( competia com apenas um carro, usando o 14)
  • 15/16 -Leyton House
  • 17/18 - AGS
  • 19/20 - Benneton
  • 21/22 - Scuderia Itália ( conhecida também como Dallara)
  • 23/24 - Minardi
  • 25/26 - Ligier
  • 27/28 - Ferrari
  • 29/30 - Larrousse
  • 31- Coloni (Mesmo caso da Fondmetal)
  • 32/33 - Jordan
  • 34/35 - Modena Lambo ( Na época chamada da Lambo Lambo, equipe da Lamborghini)
Pois então, quem é quem em 2012 por essa numeração?
1/2 é da RedBull com certeza! Tem o piloto campeão a dois anos, e tem total direito a numeração;
3/4 Tyrrell… a Tyrrell virou BAR, que virou Honda, que virou Brawn que… é a atual Mercedes! Que voces acham? acho que seria legal ligar a história, ainda mais sabendo-se que quando da criação da Brawn GP, Ross Brawn queria dar o nome do velho Ken Tyrrell aos seus carros, mas mudou de idéia;
5/6 ahhh… tem numero mais bem colocado que esse em 2012? Tem dupla no grid mais Mansell/Patrese que Maldonado/Bruno Senna? Numero mais que merecido!
7/8, a já combalida Brabham… mas na verdade esse numero pertenceu durante muito tempo a McLaren! Equipe inglesa, tradicional, e que já usava o numero ( Lauda foi campeão com esse numeral, o 8, em 1984, e Senna fez a sua ultima temporada com esse mesmo numero pela escuderia de Woking). Definido!
9/10 Footwork… que era a Arrows, que fechou em 2003 e voltou ao noticiaris com a Super Aguri usando seus chassis em 2006… Vou deixar vago o numero por hora…
11/12 Lotus… Pode ter polêmica, mas nada mais justo que a Lotus atual, usar esse número. Já que é para resgatar a história, vamos ajudar um pouco…
14/15/16: Eram de duas equipes; Fondmetal e Leyton House. Por mais que tente não pensar assim, vejo a Force India uma Leyton House moderna, dupla de pilotos promissores, tem desempenhos excelentes em determinados tipos de pista e ano após ano promete e não cumpre…
17/18: AGS… Não… esquece!
19/20: Benneton… vixe. Quem seria a Benneton moderna? via árvore genealógica, seria a Lotus…Mas por desempenho atual, seria… Sauber!!! Concordam:?
21/22 Scuderia Itália/Dallara: Direto: Toro Rosso; Tá ali, todo mundo vê, pouco incomoda,de vez em quando belisca um pódio e pontos…
23/24: Minardi… Catherham! Mas em relação a Minardi 1991.Carro com motor forte, uma cor marcante, mas só isso. Desempenho apenas de marcar grid. Sei que você aí vai dizer: EPA, MAS FOI A MELHOR TEMPORADA DA MINARDI. Mas das atuais nanicas do Grid, a Catherham é a menos pior, assim como a Minardi em 1991.
25/26: Ligier: Equipe quase estatal… França quase por completo, não vejo ninguem com a caracteristica de Guy Ligier;
27/28: Ferrari… Precisa dizer algo? Precisa! Sería simplesmente épico ver Fernando Alonso fazendo a temporada que está com um 27 na carenagem!!!
29/30: Larrousse: Marussia. Bem comparado mesmo! Essa é só olhar uma para a outra…

Ficaram fora portanto além do o 9/10 da Footwork, o 31 da Coloni. o 32/33 da Jordan e o 34/35 da Lambo Lambo. Acho que ficou legal. É um exercício apenas de imaginação, mas é legal ver que dá para respeitar a história sem bagunçar nada!

Espero que tenham gostado!
Abração
Roberto Taborda
@roberto_f183

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dia Importante..

Olá pessoal do Volta Voadora!!!
Amanhã parece que a chaleira vai ferver na F1! Schummi fora, Hamiton de prata alemão e Sergio Perez de prata ingles? e a vaga na Sauber? começa o corre corre na F1 2013!

O pai de Sérgio Perez teria publicado algo no twitter (Não vi mas jornalistas confirmaram...) então começa a movimentação.

O bom da história é que vai movimentar muitas vagas, pois segundo rumores surgidos, a Sauber poderá trocas seus dois pilotos, e é uma vaga muito boa...
Vamos aguardar os acontecimentos de sexta feira.

Até amanhã pessoal!

Abração
Roberto Taborda
@roberto_f183

E SE…. A Fórmula 1 voltasse a usar os numeros tradicionais nas equipes?

Pois então pessoal do VOLTA VOADORA! Ontem a gente comentou sobre a questão da identificação dos pilotos e seus numeros na F1. Isso é um grande problema e a FIA numa tentativa de melhorar isso tentou usar a tal barbatana de tubarão que comentamos na postagem anterior. Mas… e se a FIA resolvesse mudar tudo, acabar com a numeração padrão e a F1 voltasse a usar os seus numeros tradicionais dos anos 70/80/90? Primeiramente, é interessante lembrar que o atual sistema de numeração começou na temporada de 1996, uma das que mais houve mudanças na história da F1 moderna; Muitas mudanças de pilotos, dupla da Ferrari ( Sai Alesi/Berger, entra Schumacher/Irvine) dupla da Benneton ( Sai Schumacher/Herbert, entra Alesi/Berger, aos 44 do segundo, já que ate o macacão da Benneton Barrichello tinha pronto…) chegada de Jacques Villeneuve na Williams, de David Coulthard na McLaren e de Martin Brundle na Jordan; A própria Jordan trocou seu esquema de cores da Petrolifera Total e mais um pool de empresas iglesas, brasileiras e irlandesas pelo tabaco da Benson e Hedges, trazendo um tom próximo do amarelo, depois do dourado para a temporada;
A temporada começou amarela na Jordan em 1996...
Mas ao chegar na Europa, tornou-se dourada! 
A estréia de Ricardo Rosset na Arrows; a mudança de Pedro Paulo Diniz para a Ligier… isso tudo lembrei de memória, fora o que devo ter deixado passar. Foi uma temporada movimentada. E a FIA não poderia ficar fora disso.
No fim do ano de 1995, a FIA anunciara que a numeração a apartir da próxima temporada seria formada com base na classificação de construtores do ano anterior. Se por um lado isso repassa uma sensação de oraganização a cada vez mais sofisticada F1, por outro rompeu laços com muitos mitos, momentos e até mesmo certezas que as temporadas traziam;
Por exemplo: é sabido por todos que o campeão vai levar para onde ele for o numeral 1. Nada mais justo, nada mais correto, porém, era legal a expectativa para ver a equipe que perdeu o numero 1 ou o piloto campeão, correr com outro numeral. Aqui na minha sala por exemplo, tenho um quadro do carro da McLaren MP 4/5B de 1990 com Senna ao volante, com o número 27, um numero históricamente Ferrarista. O numero 1 estava com Alain Prost na Scuderia de Maranello. Outras lembranças legais são a Benneton de 5/6 em 1993, quando a Williams vagou o seu tradicional 5/6 por causa do campeonato de construtores, já que Mansell foi-se a Newmann-Hass na Indy em 1993 e deixou o pobre Damon Hill com o zero na carenagem; Ou então Alain Jones e Carlos Reuttmann de 27/28 em 1980 na Wiliams, ou a McLaren de 11/12 em 1988 numeral da Lotus durante anos… Por isso decidi fazer o seguinte exercício de imaginação: Equipes 2012 com numeração 1991. Surgiram coisas interessantíssimas! Quer saber Mais? Amanhã, no Volta Voadora!!!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fórmula 1 esquecendo das origens!

Olá pessoal do Volta Voadora! Essa semana olhando algumas fotos dos testes de novatos em Magny Cours, e vi uma imagem que me chamou a atenção, primeiramente pela informação contida. A imagem é essa, postada originalmente no excelente F1 Corradi:
Crédito da foto: www.f1corradi.blogspot.com
Porém, nesta mesma reportagem, ele trouxe uma informação interessante: Essa barbatana de tubarão, que fez parte da F1 durante algum tempo, e sumiu, originalmente por motivos estéticos, estaria voltando para recolocar a numeração e as inciais dos pilotos mais em vista. É uma atitude de aparente preocupação com o publico, vide que a numeração é cada vez mais escondida e esquecida, e esse ano ainda com o advento do degrau no bico, teve equipes como a Sauber que teve a brilhante idéia de colocar o número justamente no degrau…
Sérgio Perez em Spa. Número no degrau pode ajudar, mas ficou estranho...
 Além disso, com a confirmação de apenas 30% das provas na europa, berço da F1, faz nós os fãs lembrarmos com muita saudade de uma época não muito distante, de quando as provas eram majoritariamente na Europa (por exemplo, 1991, tivemos 10 das 16 provas em solo europeu) e também quando as equipes tinham a sua identidade fixada via o seu numeral.
Quem tem menos de 17 anos, não pode ter o prazer de acordar pela manhã, para ver um Gp de Portugal no Estoril, e no grid de largada ver uma Williams numero 5, uma Ferrari numero 27, uma Benneton numero 20, por exemplo. Não havia como confundir, esquecer quem era quem no circuito. Claro que hoje em dia os pilotos tambem ajudam e muito nessa questão, pois trocam de capacete de treino em treino ( Não é Vettel???) e nos deixam tendo que procurar marcas nas câmeras e com muita sorte contar com uma passagem rápida do pequeno e escondido número. Isso quando o pessoal dos dados da FOM não erra o piloto ( Como no domingo que erraram os pilotos da Sauber, e tambem no treino do gp Belga quando transferiram Kobayashi para a RBR). Então, hoje em dia informação é na base da sorte.
Como vocês já sabem, gosto de ficar imaginando situações diferentes do ocorrido. Então, seguindo essa tradição do VOLTA VOADORA, amanhã traremos um E SE… especial: Como imagino as equipes atuais com numeros tradicionais dos anos 80 e 90?
Podem contribuir também pessoal. A postagem será automática, porém, depois durante a semana repasso a opinião de vocês; Opinem a vontade!

Abração a todos e fiquem ligados apartir do meio dia de quinta, com as equipes e seus numeros de merecimento;
Roberto Taborda
@roberto_f183

sábado, 22 de setembro de 2012

Nannini de volta a Suzuka!!!

Olá pessoal do Volta Voadora!
Lembram da publicação sobre o Alessandro Nannini?
Mais detalhes aqui:

http://voltavoadora.blogspot.com.br/2012/08/e-se.html

e aqui:

http://voltavoadora.blogspot.com.br/2012/08/e-se-alessandro-nannini-parte-2.html

Pois então, agora olhem só o que encontrei...



Nannini participando dos 50 anos de Suzuka, com o Lola Lamborghini que Aguri Suzuki foi pódio em 1990, justamente a prova que ele deixou de participar na F1 devido ao acidente!!
Que homenagem sensacional! Lembrando que a unica vitória dele na categoria, em 1989!!!

Abração
Roberto Taborda
@roberto_f183

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ryan Hunter Reay Campeão na Indy. Um título essencial para a categoria.

Imagem mais do que americana! Um americano campeão por uma equipe de um americano, em um superspeedway

Depois de seis temporadas, a Indy volta a ter um campeão americano. Ryan Hunter Heay comquista de forma categorica o título da categoria americana que um dia chegou a sonhar a rivalizar com a Formula 1. Mas por tras de tudo isso, o título de um piloto americano, em uma categoria essencialmente americana, com um motor americano ( a Chevrolet voltou a categoria esse ano) num ano de novidades, de transição para a categoria, é muito animador, desde que a Indy não fique hibernando junto com a categoria,  afinal são sete meses (!!!!) sem competições.
A Indy esse ano além da já citada questão da Chevrolet, tinha tudo para ter um ano sensacional que infelizmente foi manchado ainda em 2011. A morte do grande Dan Wheldon (sempre fui fã do inglês) em Las Vegas largou uma enorme nuvem escura sobre a categoria, até porque o próprio Wheldon, para quem não lembra, era quem desenvolvia de forma mais direta o novo chassis Dallara que a categoria iria utilizar em 2012. Inclusive, de forma justa, o chassis foi nomeado DW12. Uma homenagem singela, mas marcante, afinal, sempre será lembrado o nome do Inglês na categoria. A categoria até se esforçou,mas ao meu ver ficou muito abaixo do esperado e terá de mudarr algumas coisas para 2013.
Detroit se desmanchando... a maior vergonha da Indy em 2012
Simon Pagenaud Abriu os trabalhos de vôo em Baltimore...
Foi colocada uma chicane ridícula e os problemas continuaram...

Uma situação desse ano que precisa ser revista é a situação dos circuitos de rua. Todos, em algum momento, apresentaram algum tipo de problema, principalmente no piso. Os casos de Detroit e Baltimore, foram no minimo vergonhosos. O de Detroit, por incrivel que pareça, acho que foi pior que o de Baltimore. Porque? Porque Detroit é uma velha conhecida da categoria, dos fãs, e ver a situação de retirarem aquelescompostos de borrachas com asfalto que cobriram os trilhos com as mãos foi revoltante, constrangedor. E como fica o staff da categoria, não revisaram a pista antes do começo das atividades? Sobre Baltimore, lembrem de San Jose, 2005, com o quebra Molas no S… E aí um erro crasso: Mexer num traçado com as atividades já iniciadas; e a cereja do bolo: Fizeram uma chicane horrorosa! O bom é que pelo menos tivemos uma prova sem incidentes…
O vexame da Lotus na temporada prejudicou Jean Alesi em Indy, e sua belíssima pintura mal apareceu...

A questão motores também foi interessante, porém isso ficou abaixo pela volta da competição. Tivemos três marcas na categoria, porém, a Lotus ficou fora de qualquer comparação. Uma pena para a Simona de Silvestro, que havia assumido a posição de garota de ouro da categoria com a saída da Danica Patrick para a Nascar, além do vexame que fez o veterano Jean Alesi passar em Indy. Mas a competição Honda X Chevrolet tem muito a crescer, e esse período sem provas tem tudo para melhorar, principalmente no sentido de desempenho, a situação da categoria;
Tony Kanaan foi um grande destaque, principalmente com suas relargadas supersônicas!!!

Mas nem tudo foi problema; A volta da Andretti, como campeã, o que não acontecia desde Dario Franchitti em 2006, tem de ser comemorada; O desempenho absurdo de Tony Kanaan na modesta KV é algo de palmas também. O baiano tinha como grande trunfo as relargadas onde conseguia não se sabe como grandes desempenhos, incluindo aí uma ultrapassagem antológica em uma dessas relargadas em Indianápolis. O surgimento (ou afirmação) de jovens com muito talento, como J R Hildebrand, Simon Pagenaud, James Hinchcliff, Josef Newgarden deixa a situação da categoria a medio prazo muito promissora;

Tudo Igual para Helio Castroneves: Mesma equipe, mesma expectativa, e mesmo fim de ano...

Rubens Barrichello inverteu as expectativas: Não foi bem nos mistos, mas teve bons desempenhos nos ovais.
Quanto ao outros brasileiros: Hélio Castroneves novamente fez um papel conhecido ano após ano: Começa muito bem a temporada, chega como grande favorito a Indianápolis, e a partir de então cai no campeonato até perder a oportunidade de título. Pelo menos nessa temporada não houve problemas maiores para renovar com a tradicional equipe de Roger Penske, pela 13 temporada. Como Ryan Briscoe parece estar a perigo, ele poderá ficar apenas com o azarado ( imcompetente? amarelão?) Will Nigel Mansell Power como companheiro de equipe para o ano que vem;
Já Rubens Barrichello ficou abaixo do que esperava nos mistos, e muito, mas muito acima nos ovais; Reconhecidamente um medo do piloto paulista, os ovais se tornaram seu habitat mas confortável durante o ano. Desempenhos muito bons como em Indy, Milwaukee, Texas, e principalmente Fontana me surpreenderam positivamente. Em mistos, talvez salvou-se Sonoma, como desempenho verdadeiro. Grandes dificuldades com tática, com pit stops (lembrando que a KV havia desativado a sua terceira equipe de mecanicos com a saída de Takuma 199 voltas em 500 milhas Sato, e teve de montá-la as pressas de volta) acabaram deixando a temporada do veterano piloto abaixo da crítica. Um pouco mais de foco na Indy é essencial para Rubens, que tem conversas com equipes de motor Honda para 2013. Esperamos que tenha melhores resultados;
Bruno Junqueira deu o ar da graça em Baltimore no lugar do lesionado Josef Newgarden em fez uma prova decente até onde pode. Foi apenas uma participação, e nem podemos avaliá-lo;
Obvio que o campeão de Indianápolis tem que aparecer. Dario Franchitti e Ashley Judd. Pena que não choveu no fim da prova para ver a Ashley... Deixa para lá!

Outros fatos marcantes foram a vitória marcante de Dário Franchitti na Indy 500; o cancelamento da prova chinesa, que me fez lembrar a questão Texas 2001, mas felizmente não haverá tamanho problema quanto ao acontecido na época; Os desempenhos ( E os acidentes) de Takuma Sato, marcado pela tentativa de vitória duas vezes na ultima volta de 500 milhas, e as duas acabando em muro…


Takuma Sato mitando em Indianápolis. Uma sequencia que foi a cara de Indy, afinal se Al Unser Jr pode, porque ele não pode?

E é claro, Will Nigel Mansell Power;
A cena que define o campeonato com um todo: Power batendo e Hunter Reay indo embora para um título suado, mas merecido.

Porque Nigel Mansell? Novamente o australiano arregou e entregou um campeonato ganho, na ultima prova, por causa de acidentes; o leão foi tres vezes vice campeão antes de conseguir o seu caneco;a transmissão da prova via Bandeirantes aberta, foi talvez um grande momento de conhecimento e sorte protagonizados por Téo José; Segundos antes da batida, Téo profetizou: “ Will Power vai para cima de Hunter Reay. Não precisa, mas ele quer porque quer o título com vitória…. CRASH!!!!!”
Will Power será campeão. Tenham certeza disso. Pela Penske. Roger não vai dispensá-lo tão fácil. Agora que deve ser frustrante ver pelo terceiro ano seguido perder um títilo que poderia ter sido conquistado mais cedo, como foi caso novamente, é muito grande. A demosntração de organização, de produtividade que a Penske mostrou, recolocando um carro quase destruido de volta a pista, é de bater palmas de pé, por longos minutos; Porém, acho que é muito staff para pouca estrela. Power ter muito talento, pouca estrela. A carenagem da Penske é muito pesada para Power.

Abração pessoal
Roberto Taborda
@roberto_f183