sábado, 25 de agosto de 2012

E SE?


Olá pessoal tudo bem?
Olhando hoje a tarde o programa Deu Olé! na Bandeirantes( muito por causa da Paloma Tocci...) vi um quadro muito interessante que acabou motivando a coluna de hoje;
No programa tem o quadro Efeito Borboleta, onde eles mexem em um detalhe de um fato importante de algum jogo geralmente final de campeonato, e com isso desencadeia um efeito dominó de fatos que poderiam tem mudado por causa de um detalhe;
Na semana anterior tinha sido o jogo Grêmio x Portuguesa, e nesse fim de semana os milímetros dos dedos de Ronaldo Giovanelli, goleiro do Corinthians em 1993, que tocaram em uma bola que era uma cobrança em dois toques...
E o que isso tem a ver com automobilismo? Uma das coisas que mais discutimos em Foruns pela internet inteira (ALIÁS, A INDICAÇÃO DO VOLTA VOADORA É O www.forumdownforce.com.br ONDE EU E O DUHÍLIO POSTAMOS A ANOS!) é o famoso E SE...
Sempre dizemos que SE não existe,porém é muito legal  ficar viajando em detalhes que acabam acontecendo por causa de uma mudança de rumos.E os assuntos são os mais variados. Por isso, de vez em quando, vou escrever um novo E SE? E vocês aí, julguem se ficou legal ou não, se viajei demais, etc,etc, etc...
O E SE? De hoje tem um personagem que tinha um grande futuro na F1 no fim dos anos 80: Alessandro Nannini.
O italiano Alessandro Nannini começou a sua carreira na novata Minardi Motori Moderni Turbo, em 1986 ao lado do crash test Andréa de Césaris. Nos carros azul escuro ( SIM! Você leu certo, os Minardis eram AZUL ESCURO, NÃO PRETO, NO INICIO!) da simpática e saudosa equipe de Faenza, hoje representada pela Toro Rosso. Como era de se esperar, o italiano teve inúmeros problemas com o carro, confiabilidade,erros, enfim algo normal para um iniciante numa equipe pequena de fim de grid de um F1 no fim dos anos 80. Nessa temporada o seu melhor resultado foi um 14 lugar na prova do México, alias, a única em que acabou...
Estréia na Minardi, 1986



Em 1987 a coisa não melhorou muito, e dessa vez acabou três provas apenas, Hungria, Itália e Portugal, tendo dois 11 lugar como melhor resultado, pilotando na equipe ao lado do espanhol Adrian Campos.
Em 1987, de 16 provas, apenas 3 terminadas.


Porém, chamou a atenção de Lucciano Benneton, então proprietário da equipe de mesmo nome, lançada do espólio da Toleman, em 1986. Aliás, Nannini fora piloto de testes da equipe em 1985. Na temporada 1988 o italiano estreava na equipe, sendo companheiro do belga Thierry Boutsen ( Outro que vai render um bom E SE? Logo logo...) Fez uma temporada muito agressiva, com muitos erros, mas com grandes momentos, como a ultrapassagem em Nelson Piquet na La Source onde induziu o então campeão mundial a errar a freada da famosa primeira curva de Spa.Pena que foi desqualificado dessa prova por problemas no combustível. Mas esse fato não manchou a grande temporada dele,com pódio na Inglaterra e na Espanha. Terminou a sua primeira temporada de Benneton na décma colocação com 12 pontos;
A frente de Senna em 1988.


1989 começou até que bem para o italiano, porém em San Marino durante os treinos, tomou um belo susto, ao bater rodas com Andrea de Césaris um pouco antes da Villeneuve e sofrendo uma bela pancada.Na prova foi terceiro colocado, primeiro pódio no ano ainda com o carro de 1988. Nesse ano, o italiano teve como companheiro o inglês Johnny Herbert, que andava de muletas no começo do ano graças a loucura de Gregor Foitek na F3000, que promoveu uma pancada coletiva em Brands Hatch e apartir da prova de Silverstone  o Francês Emanuelle Pirro andou na equipe também... Nesse ano ele teve quatro pódios, inclusive com a única vitoria em sua carreira, porém sem receber a bandeirada (Outro E SE? Futuro..) no Gp do Japão. Os outros pódios foram em San Marino, Inglaterra( Novamente, andava muito bem em Silverstone) e na Austrália, numa prova aquática!!!! Terminou a temporada em sexto com 32 pontos.
1989 veio a primeira vitória e grandes desempenhos como no dilúvio na Austrália


Bom, em 1990 as coisas pareciam encaminhar a carreira dele. A Ferrari, sem títulos desde 1979, estava de olho nele. A experiência com Michelle Alboreto não deu certo, porém por muito pouco o Marroquino não ganhou o título de 1985, e a Scuderia sabia que a culpa era sua, pela pouca confiabilidade de seu bólido. Era a estrela Italiana da vez. Estava na sua melhor fase, tinha como companheiro o tri campeão mundial Nelson Piquet, e era bem administrado por Flavio Briatore (?) Se tornando um piloto rápido, e com resultados. Quando recebeu o novo carro, o modelo B190, foi pódio de cara em San Marino. Depois disso foi pódio na Alemanha e na Espanha, teve um belo duelo com Senna em Hungaroring. Infelizmente esse pódio na Espanha ficou marcado por todo o sempre em sua carreira... Porém alguns fatos começaram a mudar a visão da Scuderia...
Infelizmente esse seria o ultimo pódio, com Prost e Mansell da Ferrari em Jerez, 1990.



E aí começa efetivamente o nosso E SE? Que amanhã você verá no VOLTA VOADORA!
Abraços!
Roberto Taborda
@roberto_f183

Um comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Roberto,

muito bom o post sobre o Nanini... bons tempos esses... uma ótima recordação de um bom piloto...

abs...